sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PANORAMA FIDA 2015 - Douglas Motta

Douglas Motta em Volare
Foto: Aline Nascimento 

Comunicação imediata com a plateia, naturalidade, charme e muita dança: tudo isso é Douglas Motta, bailarino convidado que trouxe diretamente de Fortaleza para o FIDA uma graça e uma malemolência absolutamente cativantes.

Aos primeiros acordes do grupo Gipsy Kings, dá para pensar que ganhamos ingressos para uma deliciosa viagem no tempo. Mas que nada! A conhecida versão do grupo para a canção Volare, de Domenico Modugno, sucesso da década de 1960, ganha um tom renovadíssimo na criação e na interpretação de Douglas Motta.

Em tom despojado, Douglas surge no palco bem ao fundo, quase que por uma vereda, como se estivesse oculto por uma dobra da cortina. Num passeio elegante que oscila entre a dança e o molejo, ganha o centro do palco e protagoniza o toque de galanteria em forma de homenagem que ninguém esperava: Clara Pinto surge da coxia, envergando um chapéu preto que transfere para o bailarino, após ter a mão beijada no melhor estilo cavalheiresco.

Com a tranquilidade de quem faz da cena a  sua casa, Douglas Motta explode em alegria nos pés, brincando de dançar, feliz de verdade, no estribilho da canção. Volare! O-ho! Cantare! O-ho ho ho! Todos se rendem instantaneamente a essa sedução do ritmo, do olhar brilhante, do sorriso largo que impregna o corpo de uma euforia irresistível. 

Mas o showman Douglas Motta não fica só nisso: incorpora ao clima esfuziante da canção uma série de elementos do ballet clássico, entre equilíbrios, saltos, giros e outras façanhas particularmente elaboradas. 

O resultado é não só limpo como musical, contagiante, envolvente.

Em uma palavra: é show!
 

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