sexta-feira, 6 de novembro de 2015

De mãe para filha: as gerações do ballet, no FIDA e na vida

Aniela (E), filha de Paula Kalif, e Thaissa (D), filha de Tereza de Macêdo:
 dinastia de bailarinas na Cia. de Danças Clara Pinto
Foto: Aline Nascimento


Raiana, filha de Rosana, já se formou, se casou e, no momento, não dança. Josiane, filha de Jacira, também se casou e pensa em voltar a dançar. Isadora, filha de Terezinha, já dançou muito; agora é tradutora e mudou-se para o Rio de Janeiro, mas não perde um só FIDA. Ana Clara, filha de Clara, deixou a dança mas comanda uma das unidades da escola. Aniela, filha de Paula, dança sempre que pode, mas divide o palco com a arquitetura. Thaissa, filha de Tereza, de casamento marcado, permanece ativa na Companhia de Danças Clara Pinto.

Rosana, Terezinha, Paula e Tereza começaram pequenas no ballet; cresceram, floresceram, tornaram-se bailarinas e depois professoras. Assim como Silvia, também. Todas viram o FIDA nascer e nele dançaram por vários anos. Hoje integram uma das mais afinadas equipes de produção que já se viu. Mas o exemplo para as filhas ficou; assim como suas mães, as meninas começaram cedo na Escola Clara Pinto, cresceram, floresceram, tornaram-se bailarinas. Estudaram, escolheram carreiras, casaram, mudaram, mas todas permanecem, de alguma forma, ligadas à dança.

Eloysa também começou pequena, cresceu e entrou para a companhia de danças. Há algum tempo deixou os palcos para assumir os bastidores do FIDA e dar aulas de ballet. O filho Eloy, de dois anos, ainda não decidiu se vai ou não se incorporar à atmosfera, mas presta muita atenção a tudo que acontece no palco. Lorena foi uma refinada solista da companhia. Hoje, advogada e casada, é mãe de João e espera o segundo filho. Amélia, bailarina carismática, casou e foi morar no exterior, mas também marca presença todos os anos ao lado de Tereza, na coordenação de palco.

Thais e Manuela estão na companhia, enquanto Aline, fisioterapeuta e fotógrafa,  não tem mais tempo para dançar, mas pensa em voltar a dar aulas de sapateado.

Na Escola de Danças e na companhia também, os ciclos de talento e criatividade continuam a se repetir. Famílias se formam em torno da arte de dançar. Filhas e filhos crescem com a música certa nos ouvidos e os compassos bem marcados na alma. Só a magia que a dança produz consegue explicar por que todas essas mulheres continuam ali, unidas e determinadas, empenhadíssimas em fazer um belo festival, seja no palco ou nos bastidores.

Do frenesi da preparação aos abraços atrás das cortinas, quando o festival termina, sente-se o brilho nos olhos, a concentração, o entusiasmo em todas essas mulheres, as que dançam e as que fazem a dança acontecer. Sinais de uma força tremenda que as prende na fina malha da arte, e que as faz produzir maravilhas o ano todo, todos os anos, por várias gerações.





2 comentários:

  1. Querida Maurette, complementando sua linda homenagem, além da Isadora tenho outra filha, Débora, que também dançou desde pequenina. Parou o ano passado, por falta de tempo (faculdade e estágio), mas pretende voltar! E, realmente, não se explica o amor à dança, apenas sente-se! E Clara Pinto é quem nos proporciona demonstrar todo esse amor e às demais pessoas assistir a essa maravilha que acontece todo ano! Terezinha Cavalcante.

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    1. Oi, Terezinha, eu não só lembro como conheço a Débora, mas na hora de escrever eu fiquei na maior dúvida se ela dançava ou não! Ela está fazendo faculdade de quê? Fico feliz em saber e também torço para que ela volte pro ballet! Bjos Maurette

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